AUSÊNCIA – Carlos Drummond de Andrade

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

I Miss You…. (Sinto sua falta)

“Sinto falta dele

como se me faltasse um dente na frente:

excruciante”.         ( Clarice Lispector)

Sinto falta daquele amigo que nem era para ser meu amigo, sinto falta daquele amigo que brigava quando eu me sentia inferior, me olhava nos olhos e falava às verdades que eu precisava ouvir não as mentiras que eu queria ouvir… Sinto falta dos olhos, do abraço, do carinho… do amigo que me chamava até quando estava caindo o maior temporal, do amigo que secou minhas lagrimas… Me fez rir…me deixou nervosa por um mês, mas voltou… do amigo que falava “Eu te Amo” sem arrependimento ou duvida, que me aquecia a alma e o coração com um abraço… do amigo que me deixava em chamas com um beijo… sinto falta do amigo que me desejou e que eu desejei, das caricias, do carinho do amor… da proteção e do respeito.

Sinto falta do meu irmão, amigo e amante…